28 de jan. de 2009

Voz no deserto

Você já teve a impressão que ninguém esta ouvindo o que você esta falando? Você já teve a impressão que os seu interlocutor não esta nem ai para você enquanto você fala? Você já sentiu-se ameaçado apenas por dar uma opinião? Bem! Havia uma homem chamado João o Batista que viveu um bom tempo sobre essa atmosfera. É sobre ele que o evangelista Lucas nos fala no no capitulo 3. O nosso narrador bíblico começa o relato dizendo que quando já faziam 15 anos em que Tibério César governava o Império Romano e quando Pilatos governava a Judéia e Herodes governava a Galiléia e Filipe governava o restante da Palestina, sendo que Anãs e Caifas eram sumo sacerdotes a palavra de Deus veio a João. João era filho de Zacarias e recebeu a palavra no deserto. Ele percorreu as redondezas do rio Jordão, e pregava o batismo de arrependimento para o perdão de pecados. Ele cumpria o que Isaias dizia:

- Voz que clama no deserto, prepare por onde andará o SENHOR. Haverá uma terraplanagem de planícies e depressões, inclusive as vidas serão corrigidas.
Ele falava a uma grande multidão sobre o batismo de arrependimento:
- Raça de víboras, quem esta convencendo vocês de que não serão julgados?

Gere indícios de que houve arrependimento nas vidas de vocês, pois não basta afirmar que você é descendente de Abraão, por que qualquer um ou qualquer coisa pode ser feita por Deus como filho. Eu João digo a vocês que já existe uma machado pronto na raiz das arvores, uma vez que se não produzir bom fruto será cortada e queimada.

Tanto Roma como a Palestina estavam devidamente ocupadas e tuteladas, da mesma forma a religião oficial estava loteada. E não somente estavam essas posições ocupadas como também estavam sendo alvo de disputas, de invejas e lutas internas. É nesse momento que João o filho de um sacerdote recebeu a incumbência de Deus de propor uma nova postura em relação a vida desse povo. É por isso que esse chamado ocorreu e foi executado no deserto próximo ao rio Jordão, longe de Jerusalém e de suas práticas. Ali as pessoas se comprometiam publicamente com Deus e com o público. Comprometiam-se em mudar para sempre suas vidas, transformando-as de forma coerente com a doutrina que eles viviam. O rito de João exigia um engajamento de cada pessoa que haveria de voltar para Jerusalém agora com outra postura. João é o exemplo de profeta ou de portador da mensagem do evangelho. O exemplo dele nos adverte que:
A mensagem de Deus não está sobre o controle humano e por isso ela pode libertar do pecado, dos costumes, das tradições dos maus-hábitos e de qualquer outro tipo de opressão.

Alguns contextos como o que era encontrado em Jerusalém de João Batista são propícios para o pecado, são meios nos quais existem espaço apenas para disputas e para vaidades. Nesses meios não há intervalo para uma exposição integral do evangelho. Nesses ambientes as propostas de representação de Deus costumam ser ilegítimas como era o caso da luta de Anãs e Caifas pelo sumo - sacerdócio, uma vez que o natural é que existisse apenas um sumo - sacerdote. Assim sendo os portadores da mensagem de Deus devem estar prontos para a reclusão, prontos para exercer o chamado sem associação com contextos corruptos no qual alguns vivem, o texto de Lucas que apresenta João Batista nos mostra bem algumas características da mensagem que Deus confia a profetas no deserto são:

  • A mensagem é exposta que é exposta no deserto, está fora do domínio dos opressores.
  • A mensagem é confiada a profetas e sacerdotes legítimos, como o caso de João que era filho de Zacarias um sacerdote.
  • A mensagem tem efeito restaurador e antecipa-se ao Messias.
  • A mensagem define e conceitua os ouvintes, pregadores concorrentes, e religiosos hereditários.
  • A mensagem desafia a mudança e a coerência.

Não permita que o meio em que você vive bem como o contexto no qual você foi criado contamine e influenciem o seu comportamento e a mensagem do evangelho. Saiba que a mensagem do reino esta confiada a pessoas comprometidas com Deus, se você quer ser um portador dessa mensagem deve comprometer-se com Ele antes de mais nada. Essa mensagem aponta para Cristo e provoca uma mudança de atitude daqueles que querem receber ao Messias. Essa mensagem coloca cada um no seu devido lugar, tanto os ouvintes que vêem a sua pecaminosidade, quanto os falsos mestres que se garantem na religião. Ao ouvir a mensagem do Evangelho, a mesma mensagem exposta por Elias você vai estar em um dilema: Como continuará a viver sem os padrões de conduta evidenciadas pelo profeta do deserto?

19 de jan. de 2009

O teto da Igreja caiu

Titanic, Bophal, Chernobil, a queda dos Boeing da Gol e da TAM no Brasil o teto da Renascer. O que todas essas coisas tem em comum com a implosão de uma familia aparentemente feliz? Muito tem a ver. Todos são tragédias, (desintegração familiar é uma tragédia, basta perguntar para quem já passou por isso). Vejamos: O Titânic não encontrou um iceberg por acaso, ele certamente tinha um sistema de segurança, ainda que primitivo, mas existia. Quando o grande bloco de gelo aproximou-se deveria ter sido visto, quando a água começou a entrar era possível com tempo razoável averiguar as avarias. O reator nuclear de Chernobil marcaria para sempre a Europa com a sua explosão e com o posterior vazamento radioativo, tudo por conta de uma serie de sucessivos erros, imperícias, imprudências que levariam aquela usina a se tornar uma grande bomba nuclear no coração da antiga União Soviética. Parecido já havia ocorrido com um vazamento de 40 toneladas de pesticidas de uma fábrica americana em Bophal na Índia em 1984. Mais uma vez, motivado pelo corte de despesas, a empresa Union Carbide não impediu ou preveniu um dos maiores desastres industriais e ambientais do mundo. Nos últimos anos o Brasil recebeu pela teve verdadeiras aulas de aviação ao descobrir que aviões possuem “transponders”, que avisam sobre choques aéreos, e que pistas de pouso seguras devem possuir “grooving”, ranhuras que ajudam na aderência do trem de pouso. Tudo isso com o intuito de preservar a vida de passageiros e tripulação de aviões comerciais. Infelizmente nada disso estava sendo utilizado no momento que os Boeings ta Gol e da TAM mais precisavam.

Em fim cascos de navios não rompem, aviões não caem e tetos não desabem por acaso. As estruturas são como as pessoas, possuem limites, tem vida útil. Como elas também dão indicio de fadiga, e necessitam ser protegidas de abusos no uso e de seus “abusadores”. Sempre há um ruído que denuncia uma avaria grave, sempre há um odor que prenuncia uma desgraça, sempre há uma trinca em uma parede, coluna, que clama por um cuidado dos que dela dependem. Certamente isso aconteceu no teto da Igreja Renascer em Cristo no dia 18 de Janeiro de 2009. Apesar de ninguém ter visto, alguma ligeira e sutil deformidade nas estruturas já anunciavam o comprometimento do prédio. É interessante como as maquinas e os prédios, são parecidos com as relações inter-pessoais. Como as estruturas também os relacionamentos sofrem cansaço e devem ser protegidos do mau-uso, devem de tempos em tempos serem periciados com o intuito de atestar sua integridade. Tanto casamentos como relações de filiação ou mesmo de amizade necessitam desse tipo de averiguação. É importante inventariar os mecanismos de comunicação entre as pessoas e investir em medidas que proteja-las de atritos que ocorrem invariavelmente quando duas pessoas decidem andar juntas.

Ou seja sempre há um barulho estranho, uma rachadura, um ponta de ferrugem ou mesmo um forte cheiro que são capazes de avisar as pessoas envolvidas em um relacionamento que em breve sem aviso prévio a “casa ira cair”. Mas como no caso de navios, aviões, e prédios sempre pode haver um traço de triunfalismo, uma imperícia, um deslunbramento ou mesmo uma imprudência que determine uma inadiável tragédia. Todos esses indícios de tragédias são muitos sutis, são tão sutis que podem enganar até mesmo o melhor perito, o melhor guarda, e o mais experiente fiscal, isso porque “...Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam...” Ninguém melhor do que Deus para apontar a falha dos projetos, o erro das execuções e as verdadeiras motivações dos empreendimentos.
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